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O Poder das Aparências




Espelho meu, partiu em três Meu reflexo, todo desconexo Me vi por todos os lados Não sou os pedaços Mas, sim, são mil retratos, vê Que eu não estou ali, eu tô bem aqui

- Baleia (2019)


Qual é o poder da sua imagem? Você consegue reconhecer a força que ela tem? Ou as fragilidades que ela possui? E como anda sua preocupação em relação a ela?


Paralelo a isso, até onde vale a pena dar bola para essas questões?


A imagem de si mesmo é algo que frequentemente preocupa muitas pessoas. A preocupação delas com o olhar do outro; preocupação com o julgamento e aceitação. E, ainda que essa questão inclua a parte física, naturalmente, não é apenas dessa esfera que vamos falar, afinal de contas, por traz da preocupação com uma boa aparência, existe certamente uma preocupação com uma parte psíquica, uma busca, um objetivo. O vaidoso se preocupa mais com o que vão achar do que com a própria aparência.


Há os que digam que tudo o que importa é o que está no coração, que a aparência engana e que não se pode julgar o livro pela capa. Concordo... Mas, de certa forma, não seria esse um outro extremo dessa perspectiva? Será que aquilo que não possui uma boa aparência realmente é, na verdade, algo muito bom?

Pois bem. Acredito que essa questão de aparência seja algo muito relevante, não pela aparência em si, mas sim, e principalmente, a forma como lidamos com ela. Nos posicionarmos em extremos, entre investir tudo ou não investir nada na aparência, acredito que não ajude muito. O problema é que algumas pessoas se esforçam tanto com sua imagem, que acabam por perder sua identidade, aquela coisa mais subjetiva, sabe? Algo que te torna único(a). Já outras pessoas acabam muitas vezes perdendo até boas oportunidades por conta de um excesso de sinceridade e até um descaso com a impressão que gostaria de passar.


Você vai encontrar muitas pessoas afirmando que “a primeira impressão é o que vale, e isso acontece nos primeiros segundo em que você conhece uma pessoa!”. E de fato, nos primeiros momentos em que você se apresenta, pode se levantar uma série de impressões. Mas a coisa não para por aí. A nossa mente possui uma característica plástica muito eficiente e modelável. E é por isso que você muitas vezes acaba fazendo boas amizades com sujeitos que, num primeiro momento, achava insuportável, ou cortou os vínculos com uma pessoa que a princípio parecia ser muito amigável. As impressões mudam. Que bom, não é?


Isso nos leva de volta à questão da preocupação com a imagem. Não adianta investirmos tanto numa imagem que muitas vezes nossa personalidade não vai dar conta de sustentar. É preciso se permitir ser mais autêntico.

Mas também, por outro lado, se eu não faço o mínimo de esforço para mostrar uma qualidade, as pessoas não conseguem adivinhar o que existe dentro de você. É preciso se expor um pouco para que elas te vejam e enxerguem um pouco do que você tem a oferecer. Como dizia Aristóteles, o caminho para a boa vida está na moderação. Procure se conhecer para entender melhor até onde investir na sua imagem, sempre tendo em mente que o poder dela não está na intensidade, mas sim, na forma como é utilizada.



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​© 2016 por Davidson Rodrigues 



 

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